A Estrela da Curiosidade
Nós aceitamos a educação com o meio para nos elevarmos acima das limitações que uma sociedade preconceituosa se esforçou para colocar sobre nós.
— Evelyn Boyd Granville
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Este é nosso mundo agora … o mundo do elétron e do switch, a beleza do baud. Nós fazemos uso de um serviço já existente sem pagar por aquilo que poderia ser baratíssimo se não fosse usado por gulosos aproveitadores, e vocês nos chamam de criminosos. Nós exploramos … e vocês nos chamam de criminosos. Nós buscamos por conhecimento … e vocês nos chamam de criminosos. Nós existimos sem cor, sem nacionalidade, sem preconceito religioso … e vocês nos chamam de criminosos. Você constrói bombas atômicas, vocês fazem guerras, você assassina, engana, e mentem para nós e tentam nos fazer acreditar que é para nosso próprio bem, contudo nós somos os criminosos.
Sim, eu sou um criminoso. Meu crime é a curiosidade. Meu crime é julgar as pessoas pelo que elas dizem e pensam, não como eles se parecem. Meu crime é ser mais inteligente que você, algo que você nunca vai me perdoar.
The Mentor, The Conscience of a Hacker
Iti malia
Até pelo menos os meados dos anos 70, nós sentíamos que estávamos vivendo sob uma sociedade única, absoluta – onde haviam verdades conhecidas e mentiras conhecidas e não existia nenhum tipo de duplicidade ou pluralismo sobre as coisas em que acreditávamos. Isso começou a ser derrubado rapidamente nos anos 70. [...]
E a ideia da dualidade da maneira que vivemos – há sempre dois, três, quatro, cinco lados de cada questão. Aquela singularidade desapareceu. E acredito que isso produziu um meio como a internet, que se estabelece e nos mostra que estamos vivendo em total fragmentação. [...]
Acho que nem vimos a ponta do iceberg. Acho que o potencial do que a internet irá fazer para a sociedade, tanto para o bem quanto para o mal, é inimaginável. Eu acho que na verdade estamos à beira de algo alucinante e terrível [...] É uma forma de vida alienígena. É, estou falando sobre o contexto real e a forma que o conteúdo irá tomar, que será tão diferente de qualquer coisa que podemos imaginar no momento”.
- David Bowie, 1999
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Nesta apresentação conduzida em São Francisco a uma platéia de 1.000 profissionais de computação, Engelbart não só exibiu pela primeira vez um mouse, que a propósito, ele a sua equipe inventaram. Também é apresentada a metáfora da tela de computador como uma folha de papel, mas com texto que pode ser livremente alterado e exibido de diferentes formas, relacionados através de links e hyperlinks, correio eletrônico e muito mais… incluindo como a própria demonstração é feita com teleconferência. A cabeça falante com um headset nos é hoje familiar, e lá estava há 40 anos atrás.
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-- Kentaro Mori -- A Mãe de todas as Demos -- 100nexos
The Electronic Whole Earth Catalog, Stewart Brand, Kevin Kelly, 1988
— ▀▀▀▀▀▀▀▀▀▀ (@DuaneKing) July 9, 2020
Utilizing HyperCard, The Electronic Whole Earth Catalog CD-ROM consists of over 9000 cards connected to one another with hypertext; essentially the web before the web existed.https://t.co/0StyLNspPV pic.twitter.com/jgSBXPyymT
http://november-books.blogspot.com/2015/01/whole-earth-catalog-march-1970-world.html https://www.researchgate.net/figure/Whole-Earth-Catalog-Menlo-Park-Portola-Institute-Fall-1970-74-5_fig1_249671837
Engelbart
While it was a singular vision, Engelbart's "Augmentation Framework" was brought to life by a small band of researchers who were deeply influenced by the political and cultural climate of the Mid-peninsula. Indeed, within Stanford Research Institute, the research center where Engelbart began his work in Menlo Park, his researchers came to be seen as the lunatic fringe.In the midst of this engineers' world of crewcuts and white shirts and ties arrived a tiny band distinguished by their long hair and beards, rooms carpeted with oriental rugs, women without bras, jugs of wine, and on occasion the wafting of marijuana smoke. Just walking through the halls of the SRI laboratory gave a visitor a visceral sense of the cultural gulf that existed between the prevailing model of mainframe computing and the gestating vision of personal computing.Setting aside its countercultural trappings, Engelbart's view of the future of computing in the sixties ran directly counter to the precepts of the mainstream of the computing business. The era was dominated by a belief that artificial intelligence was at hand and would soon create a world populated by thinking machines. Engel-bart's notion of creating work groups where human intelligence was instead "augmented" by computers was thought of as quaint and beside the point. It might be suited for the office, or it could improve the skills of a secretary, but it certainly could not be considered real computer "science."Indeed, Engelbart's augmentation philosophy was in many ways the polar opposite of the ideal of artificial intelligence, which sought to replace humans with machines.
What the Dormouse Said
Na imagem, "Yoga Station", um dos projetos da oN-Line System, sendo utilizado por Bill Paxton, um dos fundadores da Adobe Systems e pesquisador na SRI junto de Douglas Engelbart, comquem trabalhou na "Mãe de todas as demos". (Imagem da apresentação CounterCulture and CoEvolution of the Human-Tool System).
O oN-Line System, ou NLS, é precursos de várias tecnologias que hoje damos por garantidas. Como Kentaro Mori diz em seu artigo, "praticamente todas as interações que temos com computadores e todas as “revoluções”, de uma interface gráfica com resposta instantânea à internet e a explosão de mensagens instantâneas e o uso de webcams são exibidas ou prenunciadas na mãe de todas as demos"
Internet como máquina global pensante
Acredito que até o fim do século o uso de palavras e a opinião bem informada geral terá alterado tanto que será possível falar sobre máquinas pensando sem esperar ser contrariado.>
― Alan Turing, Computing Machinery and Intelligence, 1950
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Eu não vejo mesmo que precisemos concordar em uma definição [do que é pensar] de maneira alguma. O mais importante é tentarmos desenhar uma linha entre as propriedades de um cérebro, ou de um humano, que queremos discutir, e quais não. Para pegar um caso extremo, nós não temos interesse no fato de que o cérebro tem a consistência de um mingau gelado. Nós não queremos dizer 'Esta máquina é bem dura, então ela não é um cérebro, e então não pode pensar."
— Alan Turing, Intelligent Machinery, A Heretical Theory, 1951
Christopher - Turing https://time.com/3609585/the-true-story-of-the-imitation-game/
A Era do Sangue Imortal
“It's always seemed like a big mystery how nature, seemingly so effortlessly, manages to produce so much that seems to us so complex. Well, I think we found its secret. It's just sampling what's out there in the computational universe.” ― Stephen Wolfram
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“It is perhaps a little humbling to discover that we as humans are in effect computationally no more capable than cellular automata with very simple rules. But the Principle of Computational Equivalence also implies that the same is ultimately true of our whole universe.
So while science has often made it seem that we as humans are somehow insignificant compared to the universe, the Principle of Computational Equivalence now shows that in a certain sense we are at the same level as it is. For the principle implies that what goes on inside us can ultimately achieve just the same level of computational sophistication as our whole universe.”
― Stephen Wolfram, A New Kind of Science
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All began in love, all seeks to return in love. Love is the law, the teacher of wisdom, and the great revealer of mysteries.
― Starhawk
Ciência tenta mais uma vez responder: O que é um indivíduo? https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=o-que-e-um-individuo&id=14079
Sem muitas ferramentas para resolver esse quebra-cabeças, os biológos
foram encontrar auxílio na teoria da informação. Em vez de focar em
características anatômicas, como paredes celulares, Krakauer propõe que
se olhe os fluxos de informações estruturados entre um sistema e seu
ambiente. "Os indivíduos são melhor pensados em termos de processos
dinâmicos, e não como objetos estacionários," propõe a equipe.
A pergunta passa a ser então: Quais processos produzem uma identidade
distinta?
Os pesquisadores enfatizam que esse ponto de vista permite que a
individualidade seja "contínua, em vez de binária, aninhada, passando a
ser possível em qualquer nível". Em outras palavras, uma "teoria da
informação da individualidade" (ou TII) descreve a emergência de um
indivíduo, ou agente, em diferentes escalas e com redes de comunicação
distribuídas - por exemplo, formigas e colônias simultaneamente
emergindo como individualidades em níveis diferentes.
Achilles: …but what is far more perplexing is all this talk about
having conversations with ant colonies. That's impossible. An ant
colony is simply a bunch of individual ants running around at random
looking for food and making a nest.
Anteater: You could put it that way if you want to insist on seeing
the trees but missing the forest, Achilles. In fact, ant colonies,
seen as wholes, are quite well-defined units, with their own
qualities, at times including the mastery of language….
Tortoise: It seems to me that the situation is not unlike the
composition of a human brain out of neurons. Certainly no one
would insist that individual brain cells have to be intelligent
beings on their own, in order to explain the fact that person
can have an intelligent conversation.
Internet, Alegria do Desejo des Ciborgues
Sim, eu trago o fogo,
o outro,
não aquele que te apraz.
Ele queima sim,
é chama voraz
que derrete o bivo de teu pincel
incendiando até ás cinzas
O desejo-desenho que fazes de mim.Sim, eu trago o fogo,
o outro,
aquele que me faz,
e que molda a dura pena
de minha escrita.
é este o fogo,
o meu, o que me arde
e cunha a minha face
na letra desenho
do auto-retrato meu.
- Maria da Conceição Evaristo
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Ói, olhe o céu, já não é o mesmo céu que você conheceu, não é mais
Vê, ói que céu, é um céu carregado e rajado, suspenso no ar
Vê, é o sinal, é o sinal das trombetas, dos anjos e dos guardiões
Ói, lá vem Deus, deslizando no céu entre brumas de mil megatons
Ói, olhe o mal, vem de braços e abraços com o bem num romance astral— Raul Seixas, Trem das Sete
https://towardsdatascience.com/conversational-ai-the-imitation-machine-764ddf6dfeec